terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Esclarecimento

O novo prefeito de Vitória, Demetrius Lisboa (PSB), enviou, esta semana, mensagem à Câmara, retificando o salário que será pago ao secretário geral do município (espécie de primeiro-ministro). O valor é de R$ 4 mil, mas na mensagem anterior saiu R$ 14 mil. Vale ressaltar que o projeto de Lei foi aprovado com $ 14 mil, e por erro de “digitação”, fizeram a correção.

Só em Vitória mesmo...

Novo tratamento oncológico

Em Janeiro de 2001, sob coordenação de um pesquisador do ICB-USP, começamos a desenvolver um projeto para avaliar o benefício clínico do uso terapêutico de vacinas baseadas na fusão de células tumorais e células dendríticas em pacientes portadores de Carcinoma Renal e Melanoma metastático. O projeto foi denominado “Vacinas Terapêuticas com Células Híbridas Tumorais-Dendríticas para Câncer Metastático” e aprovado por um comitê de ética em Pesquisa (HSL) e financiado pela Fapesp em processo datado em 3 de Maio de 2001 (# 2001/02339-8).

As vacinas foram desenvolvidas no Laboratório de Patologia Cirúrgica e Molecular.

Os resultados do projeto inicial, considerados bastante promissores, foram publicados na revista “Cancer Immunology Immunotherapy” em setembro de 2004 e outras (Cancer Immunol Immunother. 2004 Dec;53(12):1111-8; Cancer Immunol Immunother. 2005 Jan;54(1):61-6.; Int Braz J Urol. 2003 Nov-Dec;29(6):517-9.; Sao Paulo Med J. 2006 May 4;124(3):161-2)

De acordo com a ANVISA as vacinas não se caracterizam como produtos, mas como procedimento médico e, portanto, não passíveis de regulamentação. As vacinas são individualizadas, sendo utilizado um fragmento de tumor do próprio paciente para produção de doses exclusivas.

A avaliação do programa de vacinas, para pacientes que tomaram no mínimo duas doses de vacinas, resultou na estabilização de 80% dos pacientes com beneficio clínico por períodos que variaram de 4 a 20 meses.

As células dendríticas são as mais eficientes na ativação da resposta imune, justificando o seu uso em vacinas híbridas com células tumorais, o que revelou positividade do teste de sensibilidade em pacientes com tumores disseminados. A negatividade do teste caiu de 55,5% para 27,7% em pacientes vacinados, o que afirma a função da vacina como estimuladora do sistema imune.

Foi observado que o tempo de sobrevida média para doentes com melanoma disseminado e tratados com as vacinas foi de treze meses comparados com oito meses de sobrevida para pacientes com mesmo estágio da doença que foram tratados convencionalmente.

Queremos esclarecer que as vacinas NÂO substituem os tratamentos convencionais de Radioterapia e Quimioterapia, mas podem contribuir como tratamento adjuvante.

O Grupo Genoa Biotecnologia está desenvolvendo projetos experimentais para tratamento adjuvante (complementar) com vacina de células dendríticas cuja inclusão nesses programas depende da análise do oncologista do paciente.

Atenciosamente,

Genoa Biotecnologia

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Depoimento de estudante de Direito sobre o Ato Médico

Não sei se vocês procuram apenas entrevistar estudantes da área da saúde, mas resolvi mandar um e-mail com a minha opinião, mesmo sendo estudante de Direito.

Creio que esse projeto de Lei deveria ser melhor escrito, pois, colocado da maneira generalizada como está, enseja sim margem aos atos de protesto que temos presenciado nos últimos dias.

No entanto, acredito ser extremamente necessária uma lei que regule o que é de fato um ato médico, para que não aconteçam com outras pessoas o que aconteceu comigo.

Estando com dores de cabeça muito fortes há três dias, depois de ter tido febre, sem conseguir respirar, com os olhos inchados e doloridos, dentre outros sintomas, resolvi procurar um posto de saúde. Nesse local, é feita uma triagem com técnicos de enfermagem, que não queriam fazer minha ficha de atendimento, alegando que os sintomas eram de gripe e os postos de saúde não mais atendem gripe. Fiquei indignada e pedi pra que me passassem para um médico de verdade. Quando fui atendida, a pessoa que diagnosticou o meu problema, sem realizar sequer exame clínico disse que minhas dores de cabeça derivavam de fome, pois como estudo e trabalho, ela tinha certeza de que meus horários de alimentação não eram regulares. No mais, disse que os outros sintomas eram apenas de uma gripe. Eu perguntei se ela era médica, e ela disse que era enfermeira, por isso, nem me receitaria medicamento, mas disse ainda "tenho autorização legal pra consultar, mas se os sintomas persistirem, procure um médico". Parece piada...

No dia seguinte, não aguentando mais de dor, exigi um médico de verdade num outro posto de saúde e após os exames devidos ficou constatado que eu estava com uma sinusite muito forte. O resultado foi um tratamento de quinze dias com antibióticos, antinflamatórios e descongestionantes, que, se eu não tomasse, apenas agravaria meu quadro.

Não estou aqui discutindo o mérito da profissão de enfermagem. Cada profissão tem o seu valor, desde que seja dentro das suas atribuições.

É necessário que se deixe claro quais são os atos que apenas os médicos devem praticar, para que os pacientes não sofram com irregularidades ou falta de preparo do profissional que lhes atende. Não estou dizendo que os médicos são superiores a ninguém. Certamente não é correto que eles interfiram no trabalho e tratamento indicado pelos outros profissionais, desde que esses não invadam a competência médica. Há muitos médicos despreparados no mercado. Mas isso já é uma questão de controle do Conselhos de Medicina e das próprias faculdades. Mas a verdadeira competência para se responsabilizar pela saúde do paciente, de uma maneira geral, deve ser do médico, pois é para isso que ele se forma.

Eu também já prestei vestibular pra medicina, mas precisei adiar esse projeto. Talvez ainda volte a tentar ingressar na faculdade. Optei por não fazer enfermagem, apesar de muitos terem me sugerido. Acho que são duas profissões distintas, portanto, cada profisisonal, com as suas atribuições, deve realizar atos distintos.

Patrícia de Almeida e Oliveira, estudante de Direito, Universidade Federal de Uberlândia

Matéria indicada pela caloura Mirela da turma 2008.1.

I Semana do Calouro de Enfermagem do CAV

19/02 – MARCELA ATAÍDE (SUS)

20/02 – CRISTINA MENEZES (A importância do profissional Enfermeiro na equipe multidisciplinar nos transplantes de órgãos e tecidos)

21/02 – HUMBERTO COSTA (Pacto pela Saúde)

22/02 – D.A.M.A. (O papel do Universitário na Sociedade e visita ao Lar São Francisco de Assis).

Palestras das 11:00h às 13:00h no auditório do CAV (ao lado da copa), direcionada aos calouros, mas aberta a todos os estudantes que se interessem pelo tema.

Realização:

DIRETÓRIO ACADÊMICO MARIANA AMÁLIA

Apoio:

PROFESSORES E COORDENADORES DE ENFERMAGEM DO CAV

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Calourada 2008.1

Em reunião com os D.A.’s, as Coordenações do curso e a Direção do CAV na tarde do dia 16/01/2008 foi discutido a Calourada de 2008.1 e foi sugerido pelo D.A. de C. Biológicas fazer sua calourada separada da de Nutrição e Enfermagem. A decisão não foi bem aceita pela direção do CAV e pelos coordenadores que alegaram que tal evento é feito para integração dos novos com os velhos alunos e, fazendo-a separada, esse objetivo não estaria sendo cumprido pelos próprios veteranos. Após uma boa discussão, a Direção deu seu parecer final: ou há uma Calourada Unificada, ou não há nenhuma dentro do CAV. Com isso, os D.A.’s conversaram e, como o DA de Biológicas não entrou em consenso com o DAMA nem com o DANut, a Direção não liberou 2 datas, alegando atrasar o horário acadêmico, deste modo nenhum curso do CAV fará sua recepção estudantil dentro de suas instalações.

É uma pena, pois consideramos o CAV como sendo nossa casa, e fazer nossa confraternização de início de período fora de seus espaços tão conhecidos, é uma situação um tanto quanto estranha...

Mas nem por isso, calouros de Enfermagem, vocês ficarão sem sua festa!
Estamos desde já organizando tudo para que possamos oferecer-lhes o melhor de uma comemoração universitária. Espere pela Calourada Unificada de Enfermagem e Nutrição do CAV e comprove!

Ah! Calouros e veteranos de C. Biológicas e demais cursos também são muito bem-vindos nesta festa!

Fonte: Firmus

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Absurdo em Vitória de Santo Antão!

Na primeira sessão de 2008 da Câmara dos Vereadores de Vitória (07 de fevereiro), o prefeito José Aglailson (PSB) divulgou a sua carta-renúncia (lida pelo presidente da Casa Geraldo Enfermeiro do PSB), assumindo deixar o cargo por estar aspirando o cargo de Vereador desta cidade. A partir desse dia, o prefeito em exercício é Demétrius Lisboa (PSB), um dos candidatos à Prefeitura neste ano.

Mas não venho aqui para falar-lhes isso.

Antes de renuciar, Aglailson criou um cargo comissionado intitulado "Secretário Geral da Vitória" e nomeou sua filha, a sanitarista Adriana Querálvares, como Secretária de Saúde. Quando era prefeito, Aglailson recebia (oficialmente!) R$11.000, com esse novo cargo criado para si mesmo, passará a receber (pasmem!) R$14.000. Tal PL foi aprovado na Câmara (só Mano Holanda e Doca Lira, ambos do PMDB, foram contra - obs.: são oposição de Aglailson). Além disso, ainda não se sabe quantos cargos serão criados para manter esta secretaria...

Isso é mais um absurso exemplo dessa nojenta política vigente em nosso país!
Até quando nós iremos ficar calados e de braços cruzados diante de tanta canalhice desses homens do poder?!
É inadmissível que isso aconteça e ninguém tome conhecimento ou se mobilize contra atitudes como essa!


BRUNO LUNA
Coord. Executiva DAMA

MANIFESTO EM DEFESA DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL E DO PROCESSO DE REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL

Nós, entidades, profissionais e associações de usuários e familiares do campo da saúde mental, bem como da saúde pública, assistência social, direitos humanos e outros ligados à luta pela conquista da plena cidadania no Brasil, manifestamos nossa preocupação e perplexidade frente à divulgação nos últimos dias, na grande imprensa, de matéria feita com base em dados parciais, extraindo de forma açodada conclusões equivocadas contra a atual política de saúde mental e o processo de Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Os relatórios oficiais do Ministério da Saúde e de entidades profissionais dos quais foram extraídos tais dados não dão suporte às afirmações contidas na referida matéria. Consideramos de extrema gravidade a utilização de dados do sistema de mortalidade para inferir, sem fundamento epidemiológico, que a atual política brasileira de saúde mental vem contribuindo para o aumento da mortalidade de portadores de transtorno mental - o que foi inclusive enfatizado no subtítulo da matéria: "Sem hospícios, morrem mais pacientes". De forma similar, na referência à desativação de 12.551 leitos psiquiátricos e à implementação de 1.123 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a matéria omite que cada um destes Centros atende regularmente a mais de 300 pessoas, resultando portanto em um atendimento humanizado e aberto a mais de 300.000 usuários.

A reforma psiquiátrica vem convertendo serviços antes centrados exclusivamente no hospital psiquiátrico, para uma atenção em saúde mental com as seguintes características:

>> serviços coerentes com os avanços internacionais prescritos na Organização Mundial da Saúde e na Carta da ONU de 1991 (Proteção das Pessoas Portadoras de Transtorno Mental e Desenvolvimento da Assistência à Saúde Mental);

>> serviços coerentes com a legislação do SUS, de uma atenção integral à saúde, de acesso universal, de base territorial, com equidade, integralidade, participação e controle social, princípios cuja origem está na forte mobilização dos segmentos sociais ligados à saúde e que foram aprovados na Constituição Federal de 1988;

>> serviços abertos na comunidade e integrados à atenção básica em saúde, que hoje atende cerca de 100 milhões de habitantes no país;

>> novas modalidades de formação e exercício profissional em saúde mental abarcando as contribuições das diferentes disciplinas, com a democratização do trabalho nas equipes multiprofissionais, visando dar conta da complexidade e das várias dimensões do sofrimento psíquico, do desenvolvimento da subjetividade e da qualidade de vida, num movimento de autonomia e emancipação.

Assim, além dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, foram também criados inúmeros Serviços Residenciais Terapêuticos, alas de atenção à crise em hospitais gerais, serviços para crianças e adolescentes e para usuários de álcool e outras drogas, projetos de trabalho/renda, cultura e atividades artísticas, possibilitando a conquista pelos usuários de uma vida ativa como cidadãos. Hoje, estes serviços representam mais de 50% dos recursos destinados à saúde mental, significando um real avanço em relação à década de 70, quando 97% dos recursos da área eram destinados exclusivamente a leitos psiquiátricos, provendo uma atenção marcada pela tutela, reclusão, isolamento da sociedade, cronificação, que não foi capaz de sequer garantir os direitos humanos fundamentais, como o direito à própria vida. Por todo esse trabalho de conversão do modelo de assistência, o nosso país vem ganhando reconhecimento crescente no plano internacional. E no Brasil, a reforma psiquiátrica constitui não apenas uma dimensão do SUS, mas sim uma de suas mais bem sucedidas expressões. Assim, suspeitamos que os ataques à reforma psiquiátrica podem estar mascarando uma tentativa de retrocesso no SUS.

É importante lembrar que os princípios que orientam a reforma psiquiátrica foram consensuados em três Conferências Nacionais de Saúde Mental (1987, 1992, 2001), com ampla participação em todo o território nacional; em duas conferências latino-americanas (Caracas, 1990 e Brasília, 2003); bem como na Lei Federal 10.216/2001. Ainda neste sentido, a XIII Conferência Nacional de Saúde, realizada neste ano de 2007, já aprovou a iniciativa da IV Conferência Nacional de Saúde Mental para o ano de 2009, o que representará, no decorrer de 2008, inúmeros eventos de participação coletiva e democrática de avaliação e discussão em todo o território nacional, da atual política de saúde mental.

Devemos admitir que ainda existem muitos desafios e impasses em seu processo de implementação, particularmente aqueles associados às constantes restrições orçamentárias, às dificuldades de implantação desta política em alguns municípios, além do legado mais geral de pobreza, exclusão social e violência, por um lado, e por outro, aos desafios específicos em ciência, tecnologia, pesquisas e formação profissional para esses novos tempos e novos dispositivos de cuidado.

Assim, nós, abaixo assinados, manifestamos nosso total apoio à atual política de saúde mental, entendendo-a como parte fundamental de uma agenda cidadã mais ampla para todos os brasileiros. E reafirmamos o papel fundamental da imprensa na sustentação política e ética da democracia, e por isso, consideramos de igual importância que a sociedade brasileira tenha acesso a informações fidedignas e consistentes sobre o processo de transformação da assistência em saúde mental em curso no Brasil.

O endereço eletrônico para assinar o documento em defesa da reforma psiquiátrica é: http://www.petitiononline.com/REF_PSIQ/petition.html


Já assinei esse documento, faça o mesmo! acesse esse link aqui em cima e deixa seu nome defendendo a tão necessária Reforma Psiquiátrica!

BRUNO LUNA - Coord. Executiva DAMA

Universalizar saneamento requer US$ 10 bi anuais durante duas décadas

A ONU, que elegeu 2008 como Ano Internacional do Saneamento para acelerar o cumprimento do Objetivo do Desenvolvimento do Milênio (ODM) ligado ao setor, aponta que universalizar o acesso a esgoto no planeta requer US$ 10 bilhões por ano ao longo de duas décadas. Se esse mesmo valor for aplicado até 2015, será possível cumprir a meta de reduzir pela metade a proporção de pessoas que não contam com o benefício.

O valor de US$ 10 bilhões, segundo as Nações Unidas, equivale ao gasto anual dos europeus com sorvete, a um terço do dispêndio com água mineral no mundo e a menos de 1% dos gastos militares globais em 2005. “Apesar de os recursos necessários para resolver o problema de saneamento no mundo não serem altos, o retorno é grande, potencialmente”, afirma a nota oficial da ONU para o Ano Internacional do Saneamento.

Para celebrar o ano, estão previstas diversas atividades, como a 2ª Conferência Africana em Saneamento e Higiene, que acontece na África do Sul em fevereiro e deve reunir 250 ministros, parlamentares e representantes do poder público e da sociedade civil da região. O calendário inclui ainda o Dia Mundial da Água, em 22 de março, que terá como tema o saneamento.

Outros eventos marcados para este ano são a reunião da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, em Nova York, em maio, e a Semana Mundial da Água, em Estocolmo, em agosto.

“Estima-se que 42 mil pessoas morram todas as semanas de doenças relacionadas à baixa qualidade de água e à ausência de saneamento, uma situação inaceitável”, afirma o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Entre 1990 e 2004, 1,2 bilhão de pessoas no mundo tiveram acesso a melhorias no saneamento. Entretanto, mais que o dobro – 2,6 bilhões – ainda sofrem com a falta de esgoto e de latrinas simples.

O Brasil, que, como os outros países da ONU, assumiu o compromisso com os Objetivos do Milênio em 2000, registrou um quarto de população sem acesso ao saneamento em 2004, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). A proporção de pessoas que desfrutam do recurso aumentou de 71%, em 1990, para 75%, em 2004.

As crianças pagarão o preço mais alto, pois sofrem mais com doenças e desnutrição. A ONU estima que a falta de saneamento resulta em uma morte infantil a cada 20 segundos, ou 1,6 milhão por ano. "O aumento do acesso a esgoto e água potável pode reduzir em um terço as mortes por diarréia em crianças no mundo", diz a nota oficial das Nações Unidas.

Universalizar o saneamento, destaca Ban, tem efeitos em todos os Objetivos do Milênio, “em particular os que envolvem meio ambiente, educação, igualdade de gênero, redução da pobreza e da mortalidade infantil”. Um estudo recente da OMS aponta que cada dólar gasto em melhoria das condições sanitárias no mundo gera um benefício econômico de US$ 7.

Fonte: PNUD Brasil

BRUNO LUNA
Coord. Executiva DAMA