quarta-feira, 21 de maio de 2008

I Encontro de Enfermagem da Vitória

"Em tempo de ciclones, tornados, maremotos, terremotos, furacões, vulcões considerados inofensivos “acordando ferozmente”, catástrofes dizimando comunidades, cidades, ou até países, corpos sanguinolentos espalhados sob escombros de prédios e lágrimas, muitas lágrimas derramadas. Isso apenas citando a revolta da natureza, porém ainda há catástrofes sociais, se é que estamos numa sociedade de seres que sabem que sabem, como pais jogando filhas de suas janelas como se fossem uma folha de papel usada e amassada, políticos registrando em cartório suas corrupções, crianças morrendo por dengue e porque não citar ex-big brother se candidatando à vereadora do Recife...!

Mas a que, ou a quem, podemos atribuir tudo isso? Será revolta de alguma entidade divina? Ou tudo isso é fruto de nossas ações capitalistas, globalizadoras e egoístas? Acho isso bem mais provável...

Deixando de lado essa discussão de quem é o culpado, devemos pensar e refletir sobre o que podemos fazer para amenizar tal quadro em que nos encontramos. Podemos usar diversos artifícios para tal, contudo, não vejo outra saída mais contundente do que a UNIÃO.

Situações como esta, uma classe toda reunida num dia comemorativo, deveria fazer parte de nosso cotidiano, inflamando debates, propondo soluções.

A luta está intrínseca em nós, lutemos contra nossos gestores salafrários e cínicos, lutemos contra a dominação e devastação da Floresta Amazônica, lutemos para conscientizar a mente mesquinha das pessoas que jogam lixo nas ruas, lutemos para restituir o respeito e a educação em nossos lares e locais de trabalho.

Remetendo-se à Enfermagem, lutemos contra a exploração, ao injusto e vergonhoso salário à que somos submetidos, ou melhor, a que nos submetemos, lutemos para que nossos companheiros da área da saúde nos olhem de igual para igual.

Não tenha esta fala como um discurso socialista ou revolucionário, mas como uma palavra sincera e forte, cujo o único intuito é abrir os olhos de cada um de vocês."

“Unidos ficamos de pé, divididos caímos”


Texto adaptado da fala de Bruno Luna no I Encontro de Enfermagem da Vitória de Santo Antão, dia 20 de maio de 2008.

domingo, 18 de maio de 2008

Cultura?!

Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a
mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens,
pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de
forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas
do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase
na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de
destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se
apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista
teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa
aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da banda
Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai
daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano
exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais
gente jamais imaginou.

Pruma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem
representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este
jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer
alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé
Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do
puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a
resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua
(Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria
(Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima
lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas,
ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas,
cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no
grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um
subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava
esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do
tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com
música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se
como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz
Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam
muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do
Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em
2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o
bom-gosto e relevou o primitivismo estético,. Pior, o glamur, a
facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos
políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que,
por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa.
Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do
Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e
merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música
popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de
autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem
'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma
canção (canção ?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois
rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e
toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma
juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as
rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Calourada Enfermagem-Nutrição 2008.1

Dia 16 de Maio na Gamela de Ouro!
Com Nação Forrozeira e Dj Free, a partir das 21h.

Ingressos:
Aluno CAV (Enfermagem ou Nutrição): R$ 5,00
Calouro CAV (Enfermagem ou Nutrição): Entrada free
Público geral: R$ 8,00

Ingressos com o DAMA (Enfermagem) ou DAMARI (Nutrição).

I ENCONTRO UNIFICADO DE ENFERMAGEM DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

I ENCONTRO UNIFICADO DE ENFERMAGEM DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

Data: 20 de Maio de 2008 às 8:00h

Local: UFPE/Campus Vitória

Venha participar do I Encontro Unificado de Enfermagem da Vitória de Santo Antão que pretende reunir todos os estudantes e profissionais para comemorar mais uma Semana da Enfermagem com palestras, dinâmicas em grupo e sorteio de brindes.

Para inscrever-se basta procurar sua Coordenação/Instituição/DAMA e solicitar a ficha de inscrição.

Entregar 1Kg de alimento não-perecível no ato da inscrição.

Com direito a coffee-break e certificado de participação.

PARABÉNS A TODAS AS PESSOAS QUE MANTÉM ACESA A CHAMA QUE ILUMINA A ARTE QUE É A ENFERMAGEM. é O CUIDADO DIÁRIO DE CADA UM DE VOCÊS QUE CONTRIBUEM PARA A RELEVÂNCIA E SINGULARIDADE DA NOSSA PROFISSÃO!

“Toda força será fraca, se não estiver unida,

quando se visa o bem maior que é a valorização da vida”

Realização:

Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico de Vitória

Diretório Acadêmico Mariana Amália – DAMA

Hospital João Murilo de Oliveira

Hospital Santa Maria

Hospital Geral da Vitória

APAMI Vitória

Pronto-socorro e Maternidade da Vitória

SENAC